quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Atualizando postagens [...]

Atos Institucionais (AI)
Esses atos eram decretos autoritários que atribuíam ao presidente da república poderes para, sem processo judicial, cassar mandatos eletivos,, punir funcionários civis e militares, fechar o Congresso, intervir em estados e municípios, decretar estado de sítio e suspender os direitos políticos de qualquer cidadão.
Ao todo foram 17 atos, sendo os mais importantes o AI-1 (1964), o AI-2 (1965) e o AI-5 (1969).
AI-1 vigorou durante a presidência de Humberto de Alencar Castelo Branco.
AI-2 - de outubro de 65, conferia mais poderes ao presidente para cassar mandatos e direitos políticos. Além disso, estabelecia a eleição indireta (pelo Congresso) para presidente e extinguia todos os partidos existentes.
Ai-5 - Um dos mais terríveis instrumentos normativos lançado pelo regime. Era o fechamento político intenso, defendido pela vertente "linha dura". do comando militar.
Conferia ao presidente amplos poderes para perseguir e reprimir oposições sem análise do Poder Judiciário. Podia por exemplo, decretar estado de sítio, intervir em municípios ou estados, cassar mandatos, suspender direitos políticos, etc.

Doutrina de Segurança Nacional
Na prática era um instrumento jurídico destinado a enquadrar como inimigos da pátria aqueles que, muitas vezes em nome dela, se opunham às diretrizes do governo.
Inspirada, em grande parte, por militares e agentes (inclusive dos E.U.A) e desenvolvida pela Escola Superior de Guerra. De acordo com essa doutrina, o governo brasileiro assumia o compromisso de combater as ideias socialistas ou comunistas.
Consequente ao compromisso, uma forte repressão policial contra entidades sociais foram em prática: diversos sindicatos e a UDN. Além disso, mais de 300 pessoas tiveram seus mandatos cassados foi extinta a Lei de Remessa de Lucros (sancionada por Goulart, também em 1964).

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Partido do Alto - Chico Buarque



Diz que deu, diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Diz que Deus diz que dá
E se Deus negar, ó nega
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará

Deus é um cara gozador, adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da miséria nasci batuqueiro (brasileiro)*
Eu sou do Rio de Janeiro

Jesus Cristo inda me paga, um dia inda me explica
Como é que pôs no mundo esta pobre coisica (pouca titica)*
Vou correr o mundo afora, dar um canjica
Que é pra ver se alguém se embala ao ronco da cuíca
E aquele abraço pra quem fica

Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada a três por quatro e nem me despenteio
Que eu já tô de saco cheio

Deus me deu mão de veludo pra fazer carícia
Deus me deu muitas saudades e muita preguiça
Deus me deu pernas compridas e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou notícia

Disparada - Geraldo Vandré e Théo de Barros


Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar


Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu


Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei


Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar


Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu


Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
Já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Governo de João Goulart

A redução dos poderes presidenciais, trazida pelo parlamentarismo instituído pela Emenda Constitucional nº 4, diminuiu a resistência dos grupos de oposição à posse de João Goulart na presidência, depois da renúncia de Jânio Quadros.
Mas a Emenda Constitucional também previa a convocação, algum tempo depois, de um plebiscito. Por meio dele, o eleitorado decidiria se o sistema parlamentar deveria ser mantido ou se devíamos retornar ao presidencialismo. 
Assim, os que defendiam que Goulart assumisse a presidência com plenos poderes passaram a concentrar seus esforços na realização do plebiscito. Durante o curto período em que esteve vigente - apenas 14 meses -, o novo sistema de governo deu lugar à formação de três gabinetes ministeriais. 
O primeiro (setembro de 1961/julho de 1962) foi chefiado pelo primeiro-ministro Tancredo Neves (PSD); o segundo (julho/setembro de 1962), por Brochado da Rocha (PSD); e o terceiro (setembro de 1962/janeiro de 1963), por Hermes Lima (PSB).
Mas a principal medida implementada durante esse período foi a antecipação da data do plebiscito, que foi marcado para janeiro de 1963. Os setores que haviam defendido a posse de Goulart novamente se mobilizaram em uma intensa campanha nacional para que a população votasse “não” ao parlamentarismo.


  • O Plano Trienal e as reformas de base
Tendo recuperado plenamente os poderes executivos que a Constituição de 1946 lhe garantia, Jango lançou então as primeiras medidas para enfrentar os sérios problemas econômicos e sociais que o Brasil vivia. 
Na realidade, enquanto durou o parlamentarismo, o governo ficara praticamente paralisado. Isso agravou ainda mais a situação econômica: a taxa de inflação pulou de 37% em 1961 para 51% em 1962, enquanto a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desceu a 5,4% em 1962, contra os 7,3% de 1961.
Para atacar de frente esses problemas, o governo lançou o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social. Elaborado pelo economista Celso Furtado, que ocupava então o cargo de ministro extraordinário do Planejamento, o Plano Trienal tinha dois objetivos difíceis de conciliar:· em primeiro lugar, queria reduzir a tendência à aceleração inflacionária, que, se continuasse, poderia resultar num total descontrole das taxas deinflação;
· o segundo objetivo era o de voltar às taxas de crescimento econômico
alcançadas no período “de ouro” do desenvolvimento (entre 1957 e 1961),
que giravam em torno de 7% anuais.
A manutenção do crescimento econômico era necessária, pois somente assim se poderiam criar empregos e assegurar a distribuição de renda, fatores indispensáveis para uma melhoria das condições de vida dos brasileiros.
Para alcançar o primeiro objetivo, ou seja, controlar a inflação, o governo pretendia adotar medidas como a redução dos gastos públicos, a contenção do crédito ao setor privado e a renegociação da dívida externa.
Nem os empresários nem os sindicatos dos trabalhadores viam com bons olhos o Plano Trienal. Ambos achavam que esse plano levaria o país para à recessão. Você já deve saber que recessão significa uma diminuição de ritmo em todas as atividades econômicas. Geralmente ela é acompanhada de queda na produção industrial, desemprego, redução salarial e queda no consumo e nas vendas.
Assim, já no segundo semestre de 1963 ficou evidente que o governo não tinha apoio suficiente para implantar o Plano Trienal. O resultado disso é que a inflação continuou a subir e também as taxas de crescimento econômico despencaram (0,6% do PIB em 1963), chegando ao seu nível mais baixo desde o início da Segunda Guerra Mundial.
Outra medida importante do governo Jango foi o compromissso assumido com a realização das chamadas reformas de base, consideradas essenciais para uma transformação profunda das estruturas econômicas e sociais brasileiras.
O objetivo das reformas de base era ampliar a participação dos trabalhadores na vida política e cultural, melhorar a distribuição da terra e da renda e eliminar obstáculos ao desenvolvimento econômico do país.
As reformas não tinham, portanto, um caráter anticapitalista. Ao contrário, pretendiam aprofundar o desenvolvimento capitalista brasileiro em bases nacionais. Para isso, era preciso aumentar o mercado interno e controlar mais os investimentos externos.




Jânio Quadros

  • A “vassoura” chega ao Planalto

As eleições presidenciais de 3 de outubro de 1960 deram uma espetacular vitória a Jânio Quadros, ex-prefeito e ex-governador de São Paulo. Jânio foi candidato de uma ampla união de partidos. Veja só quantos se juntaram para elegê-lo: UDN, PTN, PDC, PR e PL. A esses partidos uniram-se as dissidências do PTB, PSD, PRP, PSP e PSB. Para a vice-presidência, foi novamente eleito João Goulart, candidato da coligação PSD-PTB e ex-vice presidente de Kubitschek.
Você deve estar perguntando: como podem ser eleitos um presidente de um partido e um vice-presidente de outro? Uma boa pergunta, essa. Acontece que, pela legislação eleitoral da época, ao contrário da atual, o eleitor podia votar em candidatos à presidência e à vice presidência de chapas diferentes, como se fossem duas eleições distintas.
Voltemos juntos à “herança” do governo JK. Só no final do governo foi possível sentir as principais conseqüências negativas do desenvolvimento econômico acelerado daquele período. Os grandes investimentos necessários à realização do Plano de Metas criaram um desequilíbrio entre as receitas obtidas (basicamente dos impostos) e as despesas efetuadas pelo Estado. Como não podia obter mais receitas, o governo tentou cobrir esse “rombo” com a emissão de papel-moeda.
O que significa isso? Significa que, como o governo gastava mais do que recebia, começou a fabricar dinheiro para pagar o que devia. Parece uma solução mágica, não é? Mas, na realidade, é uma armadilha. Esse “excesso” de dinheiro em circulação acabou provocando um fenômeno por nós bastante conhecido: a inflação. Em 1960, a taxa inflacionária anual chegou a mais de 30%.
Outra conseqüência negativa do Plano de Metas foi o crescimento da dívida externa. Você sabe o que é isso? É quanto o Brasil tem de pagar aos países desenvolvidos que nos emprestam dinheiro. No período de 1955 a 1960, nossa dívida externa cresceu em 60%!
Jânio Quadros se aproveitou desses problemas do governo anterior e fez uma campanha eleitoral com muitas críticas ao governo JK. Prometia um governo austero e moralizador. A vassoura, símbolo de sua campanha, servia para mostrar sua intenção de fazer uma verdadeira “limpeza” na administração pública: acabaria com a corrupção e com o empreguismo.

  • O governo Jânio Quadros
Quando tomou posse, em 31 de janeiro de 1961, Jânio Quadros quis marcar seu governo com uma política de “arrumar a casa”. Prometeu corrigir os desequilíbrios internos e externos antes que o país voltasse a um novo ciclo de desenvolvimento econômico. As prioridades eram o combate à inflação, por meio do controle dos gastos públicos, e o reequilíbrio das contas externas.Na política, Jânio Quadros tomou outra decisão de grande impacto. Quis romper com a tradição de alinhamento permanente com os Estados Unidos.
Agora, o Brasil pretendia conduzir suas relações internacionais em função exclusivamente dos seus próprios interesses, mesmo que estes não se ajustassem - e, em alguns casos, até mesmo se opusessem - aos objetivos de Washington. 
Sabe o que aconteceu? O Brasil reatou relações diplomáticas e comerciais com diversos países socialistas, inclusive a União Soviética. 
O que dizer de um governo que, com menos de oito meses, se interrompe porvontade própria?No dia 25 de agosto de 1961, menos de oito meses após tomar posse, Jânio Quadros encaminhava ao Congresso um documento comunicando a sua renúncia ao cargo de presidente da República.
Em carta dirigida ao povo brasileiro, o presidente atribuía as dificuldades enfrentadas por seu governo à ação de forças ocultas. Mas não esclarecia exatamente a que ou a quem estava se referindo.

"Fui vencido pela reação e, assim, deixo o governo. (...) Sinto-me, porém,
esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou me
infaman, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse não manteria a
confiança e a tranqüilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha
autoridade. (...) A mim não falta a coragem da renúncia.1"
Esses são trechos da carta do presidente Jânio Quadros à nação no ato de sua
renúncia.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Corrida Espacial

Macacos astronautasOs rápidos avanços da tecnologia se deram no período da Guerra Fria. A Corrida Espacial aconteceu no final dos anos de 1950.  A União Soviética, como estratégia de defesa a possíveis ataques dos americanos, decidiu investir em estudos mais avançados. Em 1957, eles dão início à chamada Corrida Espacial.

Sputnik foi o primeiro satélite artificial lançado no espaço. A tecnologia soviética serviu para progressos no campo científico, o que abriu horizontes para as pesquisas espaciais. Uma esfera de meio metro, aproximadamente, e com cerca de 80 kg subiu ao espaço. O satélite transmitia e recebia sinais de rádio.

Em novembro de 1957, os soviéticos mandaram outro artifício ao espaço. Agora, uma segunda versão do Sputnik. Estava a bordo do Sputnik II, o primeiro ser vivo a entrar em órbita, a cadela Laika. A estratégia dos soviéticos chamou a atenção dos americanos, que despertaram criando sua primeira invenção no ano seguinte.

O Explorer I foi lançado no ano de 1958, inserindo os norte-americanos na corrida. Porém, dessa vez, os soviéticos tomaram a dianteira, pois já tinham outro projeto, o Vostok I, que tinha a bordo, nada mais, nada menos que Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir e voltar ao espaço a salvo. A cadela Laika morreu queimada após um erro com o sistema de refrigeração do Sputnik II.

O espaço não era o limite. O presidente americano, John F. Kennedy, cobiçava a Lua como lugar a ser alcançado. E mais, queria homens americanos pisando nela. Os soviéticos tentaram tal projeto, mas o máximo que conseguiram foi enviar um artefato chamado de Zond 5 e Zond 6, em 1968. Os americanos, com o Apollo 8.

Finalmente, o homem chega à Lua. O Apollo 11, com Neil Armstrong e Edwin Aldrin,  pisaram e caminharam, segundo os americanos, em solo lunar. O presidente americano, Ronald Reagan,  criou uma estratégia anti-guerra, a qual denominou de “guerra nas estrelas”; todavia, os soviéticos foram os únicos a colocar uma aeronave munida de armamentos nucleares no espaço, a Polyus. 
Macacos astronautasMacacos astronautas 
Sputnik 
 
Conheça a biografia de Neil Armstrong
Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Nascido em 5 de agosto de 1930, Armstrong foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Em 1955, se formou em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e se tornou piloto civil da agência que precedeu a Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).
http://cache2.allpostersimages.com/lrg/59/5935/2PERG00Z.jpg Lá, entre outras aeronaves, pilotou o X-15 – avião experimental lançado por foguete onde ocorreram as primeiras tentativas americanas de chegar aos limites da atmosfera e à órbita do planeta. Em 2012, o X-15 ainda mantém o recorde de velocidade mais alta já atingida por um avião tripulado.
Em 1962, ele deixou a função de piloto de testes e passou a ser astronauta – com a Naca já transformada em Nasa. Sua primeira missão espacial foi como comandante da Gemini 8, em março de 1966, onde ele e o astronauta David Scott fizeram a primeira acoplagem de duas naves espaciais. Na ocasião, ele se tornou o primeiro civil americano a ir ao espaço.
Durante o voo, os dois quase morreram. Enquanto a nave estava sem contato com a Terra, a Gemini 8, acoplada na sonda Agena, começou a girar fora de controle. Inicialmente, Armstrong achou que o problema era com a Agena e tentou diversas opções para parar o giro – sem sucesso. Ao desacoplar as duas naves, o problema piorou. A instantes de perder a consciência pela velocidade com que a Gemini 8 girava, Armstrong usou os motores que serviam para a reentrada na Terra para controlar a espaçonave. A Gemini parou de girar e a dupla fez um pouso de emergência próximo ao Japão, sem completar outros passos da missão, como uma caminhada espacial que seria realizada por Scott.
Após a missão, Armstrong acompanhou o presidente americano Lyndon Johnson e outros astronautas em uma viagem à América do Sul que incluiu o Brasil. Segundo sua biografia oficial, escrita por James R. Hansen, Armstrong foi especialmente bem recebido pelas autoridades brasileiras por conhecer e conversar bem sobre a história de Alberto Santos Dumont.
"Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade."
Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969 Quando ficou razoavelmente claro que a Apollo 11 seria a primeira missão a tentar o pouso, a mídia americana passou a informar que Buzz Aldrin seria o primeiro homem na Lua. A lógica dos jornalistas seguia o fato de que no programa Gemini o piloto – não o comandante – era quem saía da nave. Além disso, os primeiros materiais de divulgação feitos pela Nasa mostravam o piloto saindo primeiro e o comandante depois.
Em uma coletiva de imprensa feita em abril de 1969, a Nasa informou que a decisão de fazer Armstrong sair primeiro foi técnica, já que a porta do módulo lunar estava do lado dele. Em entrevistas dadas mais tarde, Deke Slayton, chefe dos astronautas na época, disse que a decisão foi “protocolar”: ele achava que o comandante da missão deveria ser o primeiro na Lua. As opiniões de Armstrong e Aldrin, segundo ele, não foram consultadas.
O pouso
Após a decolagem em 16 de julho, Armstrong e Aldrin começaram a descida até a Lua em 20 de julho no módulo lunar, apelidado de “Eagle”. Durante a descida, a menos de dois mil metros de altura, dois alarmes soaram indicando que o computador estava sobrecarregado. Seguindo a orientação do controle de missão, Armstrong os ignorou e manteve o pouso.
Ao olhar pela janela, viu que o computador os estava levando para uma área com muitas pedras. O americano então assumiu o controle manual da nave e pousou. Ao encostar na Lua, restavam apenas 25 segundos de combustível no Eagle.
http://nevascafm.com.br/wp-content/uploads/2012/08/Neil-Armstrong-primeiro-homem-a-pisar-na-lua.jpg As primeiras palavras de seres humanos na Lua foram, na verdade, Armstrong e Aldrin fazendo a checagem pós-pouso. Termos técnicos como “parada de motor”, “controle automático ligado”, “comando do motor de descida desligado”. Apenas ao final dessa lista, Armstrong falou com a Terra: “Houston, Base da Tranquilidade aqui. A Águia [“Eagle” em inglês] pousou”.
Durante todo o processo de pouso, o controle na Terra se manteve em silêncio, permitindo que a dupla se concentrasse. Com o contato de Armstrong, o astronauta Charlie Duke, em Houston, respondeu bem humorado: “vocês têm um monte de caras quase ficando azuis aqui, estamos respirando de novo.”
Armstrong e Aldrin ficaram 21 horas e 36 minutos na Lua – duas horas e 36 minutos caminhando por ela. O tempo fora da nave foi progressivamente aumentado a cada missão Apollo – na última, a 17, os astronautas ficaram mais de 22 horas fazendo caminhadas lunares.


A pop art (1958-1965)


                                       Artes no pós Guerra
Quando a Segunda Guerra Mundial termina, o Mundo não é mesmo.
Muito em particular a Europa não se encontrava em condições de liderar a política internacional Nem o próprio processo civilizacional. A guerra destruíra a comunicação, deixando-a absolutamente arrasada.
Aos Estados Unidos, um das cabeças do mundo bipolar que se desenhou em 1945, coube assumir uma condução do Oriente.
Em Nova Iorque produziram-se alterações mais significativas e as grandes polemicas no mundo da arte.
Nos EUA, um generoso mecenato privado irrompia e patrocinava a fundação de galeria se de grandes museus.
A Europa devasta pela guerra não fornecia um cenário estimulante para a produção cultural e, por isso, muitos foram os intelectuais que a América anglo saxônica acolheu e incentivou.
Aos artistas europeus emigrados juntaram-se os talentos americanos, particularmente ativos. Dos eu encontro brotou aquela que é designada por Escola de Nova Iorque, a grande responsável pela dinamização das artes no pós-guerra. A ela se devera mais experiências vanguardistas do expressionismo abstracto.

A pop art (1958-1965)

 A pop arte desenvolveu-se em simultâneo em Inglaterra e nos EUA. A pop arte reconcilia o grande público com a arte. Em primeiro lugar, porque retoma a figuração e se revela de fácil apreensão. Depois, porque retira os seus temas e objectos do mundo de produtos e imagens que a sociedade de massas abundantemente consumia. 
Os quadros substituem-se à publicidade, seja na divulgação de objectos de consumo corrente, seja na exibição de rostos de artistas e personalidades famosas. 
O mais importante pintor deste movimento, AndyWarhol, tornou a serigrafia, um processo mecânico de impressão em série, na obra de arte por excelência desta corrente.Warhol fez da própria arte um objecto de consumo corrente e estandardizado. 
A mesma visão sarcástica sobre os símbolos e ritos do quotidiano da sociedade de consumo perpassa na pop arte inglesa. Os ingleses distinguem-se sense of humor subtilmente provocatório. Para além dos processos de impressão, fazem ainda uso de colagens e da integração de objetos comuns.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vingança com boicotes - PESQUISA EM GRUPO (Pág. 6)

  •  Em 1980 os Jogos Olímpicos foram boicotados pelos E.U.A e em 1984 foi a vez da União soviética.
  • O primeiro boicote foi realizado em Moscou - na União Soviétiva - o segundo foi realizado em Los Angeles - nos E.U.A. Neste ultimo, os norte-americanos alegaram como uma consequência da a invasão do Afeganistão pelo soviéticos.
  • Abertura de uma imensa oportunidade para promover os seus sistemas e suas capacitades (para não dizer superioridade).

1980 - JOGOS OLÍMPICOS DE MOSCOU
País Ouro Prata Bronze Total
União Soviética 80 69 46 195
Alemanha Oriental 47 37 42 126
Bulgária 8 16 17 41
4º Cuba 8 7 5 20
5º Itália 8 3 4 15
6º Hungria 7 10 15 32
7º Romênia 6 6 13 25
8º França 6 5 3 14
9º Reino Unido 5 7 9 21
10º Polônia 3 14 15 32
1984 - JOGOS OLÍMPICOS DE LOS ANGELES
País Ouro Prata Bronze Total
1º Estados Unidos 83 61 30 174
2º Romênia 20 16 17 53
3º Alemanha Ocidental 17 19 23 59
4º China 15 8 9 32
5º Itália 14 6 12 32
6º Canadá 10 18 16 44
7º Japão 10 8 14 32
8º Nova Zelândia 8 1 2 11
9º Iugoslávia 7 4 7 18
10º Coréia do Sul 6 6 7 19
 Fonte: Olimpiadas UOL

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pesquisa Individual - Rosa Branca (Página 37, apostila volume 1)

Foto: Museu Memorial do Holocausto dos EUA/Reprodução
Um trio de corajosos estudantes abala o Reich com o primeiro movimento popular de contestação a Hitler - Entregue à Gestapo por funcionário de universidade, cúpula é submetida a julgamento político e executada


uando criança, o estudante alemão Hans Scholl tinha um ídolo incomum para um menino de sua idade. Ao invés de tentar imitar algum craque do Bayern de Munique ou sonhar com as aventuras dos super-heróis dos gibis, o jovem Hans gostava mesmo era de Adolf Hitler, o chanceler alemão. Sócio orgulhoso da Juventude Hitlerista, cresceu em meio a promessas de retomada da grandeza germânica e conquista da supremacia global. Hoje, está morto. No último dia 22, Hans Scholl, 24 anos, foi decapitado na guilhotina da cadeia de Stadelheim. Seu crime: abandonar a ilusão nazista e ousar criticar seu antigo herói.

Aluno do curso de Medicina na Universidade de Munique, Hans Scholl perdera o encanto por Hitler anos antes. Por influência do pai, Robert - que não caiu na lábia de Josef Goebbels e detestava o nazismo - , o rapaz passou a perceber que o Führer afundaria o país. Ao chegar à universidade, Hans começou a compartilhar suas idéias com os amigos mais próximos - e, para sua surpresa, descobriu que os outros também não suspiravam de paixão por Hitler. Ajudados por Kurt Huber, um professor de Filosofia, os jovens organizaram um movimento de contestação aos nazistas, o primeiro desde que Hitler subiu ao poder e esmagou seus opositores.

A rebelião começou no ano passado, ainda tímida e sempre sigilosa - afinal, falar abertamente contra o Führer é um suicídio na Alemanha atual. Além da vigilância da Gestapo, os jovens enfrentavam a resistência da própria população. Para os alemães, já não importava mais se Hitler estava certo ou errado: uma vez que a guerra estava declarada, sua obrigação moral e cívica era apoiar as tropas. Hans e seus colegas, no entanto, pensavam o contrário: para eles, o dever do cidadão em tempos de guerra é justamente contestar uma liderança política tão desastrosa, principalmente quando ela manda centenas de milhares de soldados à morte.

Ajudado por seu melhor amigo, Christoph Probst, 22 anos, também estudante de Medicina, e por sua irmã, a estudante de Biologia Sophie, de 21, Hans Scholl lançou a revolta espalhando folhetos que criticavam Hitler e pediam um levante popular contra o tirano. O título do texto, "Rosa Branca", deu origem ao nome do grupo. O impacto foi enorme: as cópias se espalharam e chegaram até a cidades distantes. Vieram novas mensagens, com demanda cada vez maior. Estudantes de outras universidades passaram a distribuir os papéis. E logo os textos eram seguidos de pichações nos muros de Munique: "Fora Hitler" e "Liberdade!" eram as mais freqüentes. A Gestapo, em desespero, caçava dia e noite o grupo. Mas a temida polícia de Hitler não conseguia farejar pistas, apesar de estar lidando com uma improvisada facção estudantil.
...
Sem lágrimas - Entre julho de 1942 e janeiro de 1943, os folhetos sumiram. Hans Scholl e seus companheiros foram convocados pelo Exército a lutar contra as tropas soviéticas no front do leste. As atrocidades que presenciaram no campo de batalha e nos centros de extermínio reforçaram ainda mais a convicção dos estudantes. No retorno a Munique, os panfletos tinham um novo título - no lugar do pacato "Rosa Branca", o desafiador "Movimento de Resistência na Alemanha". Essa resistência, entretanto, durou pouco: em 18 de fevereiro, um descuido da jovem Sophie encerrou o sonho. A irmã de Hans subiu as escadarias da universidade para despejar os folhetos sobre os alunos que deixavam as salas. Um servente filiado ao partido nazista delatou Sophie e o irmão. Probst foi preso logo depois. Todos foram indiciados por traição.

O julgamento, quatro dias depois, foi mais um comício político do que um procedimento judicial. O juiz Roland Freisler, nazista até a medula, foi enviado de Berlim para presidir a sessão. Com Freisler segurando o martelo, a corte nem precisaria de promotor público: o próprio magistrado fez o papel de chefe de acusação. Como nenhuma testemunha foi chamada - torturados, os jovens confessaram as ações -, o julgamento se resumiu a um monólogo inflamado do juiz. Até o advogado de defesa indicado pelo Estado pediu a condenação do trio. Calado durante toda a sessão, só abriu a boca uma vez: "Que a justiça seja feita". Sophie não mostrou a mesma covardia. Fitou o juiz e disparou: "Muitos outros pensam as mesmas coisas que nós, mas não têm coragem de admitir. Você sabe que essa guerra está perdida."

Robert Freisler julgou os três culpados de trair a nação e os sentenciou à morte naquele mesmo dia. Hans e Sophie ainda se despediram dos pais na cadeia antes da execução. Não choraram: seguraram as lágrimas até que o pai e a mãe saíssem. Christoph Probst não recebeu visitas. Sua mulher, que acabara de dar à luz seu terceiro filho, estava no hospital e sequer sabia que o marido fora preso. Só pôde dizer adeus a Hans e Sophie: impressionados com a calma e a coragem dos estudantes, os carcereiros feriram o regulamento e deixaram que eles ficassem juntos por mais alguns instantes. Na hora da execução, nenhum demonstrou desespero ou temor. A brava Sophie foi a primeira na guilhotina; Christoph, o segundo. Hans Scholl, o último, ofereceu o pescoço ao carrasco e, antes que a lâmina caísse, proclamou: "Vida longa à liberdade".
 
Fonte: Veja .